quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vereador de Pombal acusa Maranhão de interferir em processo da eleição da Câmara que está com Fátima Bezerra.

Poucos dias após a vereadora de João Pessoa, Raíssa Lacerda, e o senador paraibano, Efraim Morais, ambos do DEM, denunciarem publicamente a possível ‘barganha’ política, por parte do governador do Estado, José Maranhão (PMDB), utilizando a influência que teria junto ao Poder Judiciário paraibano, o vereador de Pombal, Edno Dantas Pereira (PR), endossou o coro de suspeições, ao acusar o chefe do Executivo paraibano de está interferindo em um processo, que está sob análise da desembargadora Fátima Bezerra Cavalcante, primeira-dama do Estado, no Tribunal de Justiça, e que trata da eleição da mesa diretora da Câmara municipal daquela cidade.

É o que informa lá do Sertão o radialista Naldo Silva. Segundo ele, de acordo com informações veiculadas pela rádio Liberdade FM de Pombal, as declarações de Edno foram feitas na tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira (09).

O CASO:
Em junho do ano passado, através de um Mandado de Segurança, impetrado pelo vereador de oposição Marcos Bandeira (PMDB) - cunhado do deputado estadual Verissinho (PMDB), aliado do governador em Pombal - a juíza da comarca local, Daniela Falcão, determinou o afastamento de Edno Dantas da presidência interina da Casa, cargo que ocupava desde o início do ano, após o vereador Josevaldo Feitosa (PT), ter sido eleito presidente, mas se afastado da função para ocupar a chefia de gabinete da prefeita Polyana Feitosa (PT).

A magistrada entendeu que uma nova eleição deveria ter sido realizada, pois o regimento interno não permitiria que o presidente se afastesse do cargo por período superior a 120 dias. Desde então, a Câmara é presidida pelo vereador mais velho, José William de Queiroga (PSDB).

Com a decisão, Edno entrou com um Agravo de Instrumento no TJ, para tentar reverter a decisão da Juíza local. O caso está sob análise da vice-presidente do Tribunal, desde junho de 2009, que já pediu pauta duas vezes para julgamento, mas ainda não preferiu sua sentença.

“Maranhão é a pedra do processo”
Para Edno Dantas, o motivo da demora é a interferência do governador. “Existe uma pedra chamada José Maranhão, pelo motivo do processo está nas mãos dela [Desembargadora Fátima] e ela ser esposa dele. Então para mim é isso. Se os processos contra prefeitos não estão ‘andando’, imagine de um vereador”, acusou.

O vereador ainda aproveitou o pronunciamento para criticar a decisão judicial de anular a eleição, alegando que houve cerceamento de defesa na ação.

“Vossa Excelência [Josevaldo Feitosa] sabe que sequer foi consultado, imagine se defender desse processo, que foi decidido de forma arbitrária pela juíza [Daniela]”, destacou ele.

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