terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Qualquer semelhança não é mera coincidência.

Gabeira: referência para o debate na Paraíba.

Ele é candidato ao governo do Estado. È da base do governo Lula. Mas, no lugar de Dilma Roussef, tem um candidato próprio a presidente da República. Vai disputar o cargo contra um governador do PMDB. E, para isso, conta com o apoio do DEM, que lançará candidato ao Senado, e do PSDB, que também indicará nomes para chapa.

De quem estou falando?

De Fernando Gabeira, do PV do Rio de Janeiro. Ou de Ricardo Coutinho, na Paraíba. Qualquer semelhança no caso dos dois não é mera coincidência. Ambos estão pautados pela mesma tese de que ideologia no modo de governar só pode se aplicada em caso de vitória nas urnas.

E só se ganha com composições políticas variadas.

Já o PSDB e o DEM, que não terão o voto de Gabeira para José Serra (PSDB) no Rio de Janeiro, assim como não terão na Paraíba no caso de Ricardo, a lógica vai além: é melhor reunir as forças para conquistar espaços num governo de esquerda e conferir palanque parcial para Serra do que patinar numa disputa estadual na qual não há espaços para aventuras.

O caso do Rio de Janeiro, portanto, vira referência para que o ex-governador Cássio Cunha Lima invista num debate objetivo com a direção nacional do PSDB em desfavor da candidatura do senador tucano Cícero Lucena ao governo do Estado.

Se não é esdrúxulo para o PSDB apoiar uma candidatura ao governo que não vota em Serra no Rio de Janeiro, que é um dos principais centros da política no Brasil, não pode ser na Paraíba.

Estou errado?


P.S: Só pra registrar. O acordo do PSDB e do DEM para apoiar candidatura de Gabeira foi feito na casa de um ex-governador tucano.

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